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ESG e a indústria de O&G

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maio de 2021

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No dia 05 de maio, o Escritório de Advocacia Veirano Advogados promoveu o webinar “ESG na Indústria de O&G”. Com a moderação de Ana Lucia Grizzi, sócia do Veirano Advogados, o evento contou com a participação de Clarissa Lins, sócia-fundadora da Catavento, Alejandro Segura, Gerente Geral de Soluções Baseadas na Natureza na América Latina da Shell e Rogério Campos, sócio do Veirano Advogados.

Após uma apresentação de abertura sobre o tema ESG por Ana Lucia Grizzi, os participantes responderam uma séria de perguntas acerca da maturidade da agenda na indústria de O&G no Brasil e no mundo, como a pandemia fortaleceu a inserção da agenda no dia a dia das empresas, de que maneira o “E” (environment – meio ambiente) e o “S” (social) vem sendo estruturados nas empresas do setor, e, por fim, como as soluções baseadas na natureza podem ser implementadas na indústria.

Primeiramente, Clarissa Lins destacou que a maturidade em ESG da indústria de O&G aumentou na última década. Antes vistos como uma ameaça, os fatores ambientais, sociais e de governança agora são temáticas de interesse para os mais diversos stakeholders, como investidores, reguladores e clientes. Pontou, portanto, que as empresas do setor não devem deixar de incluí-los em suas tomadas de decisão.  Destacou, por exemplo, a necessidade de estratégias que busquem garantir a perenidade dos negócios frente a regulações mais restritivas sobre emissões de carbono. Adicionalmente, reforçou que diferentes cenários apontam para novas oportunidades de negócios, envolvendo, por exemplo, a diversificação de portfólio de produtos e serviços .

Em relação à pandemia, Clarissa Lins ponderou que a indústria de O&G brasileira buscou reforçar sua resiliência por meio de um olhar mais cuidadoso a fatores sociais, como saúde e segurança ocupacional. Destacou também diferentes iniciativas voltadas para saúde mental e engajamento com a sociedade.

Alejandro Segura, por sua vez, indicou que para endereçar o pilar “E” (environment – meio ambiente), a Shell está promovendo geração de energia renovável em suas operações, além de trabalhar junto aos seus  clientes para a redução de suas emissões. Além disso, destacou a importância de soluções baseadas na natureza, como florestas, manguezais e solos agricultáveis. Ressaltou que a empresa está realizando investimentos em tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS), também considerados críticos neste contexto. Por fim, pontuou a importância da precificação de carbono para a redução de emissões do setor, sinalizando que os mercados regulado e voluntário devem caminhar juntos, sempre atentando para a qualidade dos créditos.

Já Rogério Campos reforçou, entre outros aspectos, que o nível de avanço da adoção da agenda ESG depende da localização geográfica das empresas, com uma maior celeridade na Europa, e de suas características acionárias. Além disso, reforçou que empresas de O&G devem começar a pensar sobre o conceito de tornarem-se empresas de energia ou de infraestrutura energética, de maneira a expandirem seus negócios.

Por fim, Clarissa Lins explicou como vem se configurando a maior exigência de escrutínio sobre os temas ESG por parte dos investidores e que há oportunidades para as empresas do setor de O&G responderem melhor a estes questionamentos, usando, por exemplo, a ferramenta de reporte da TCFD. Ademais, destacou a importância de se formarem conselhos com conhecimento nas respectivas temáticas ambientais, sociais e de governança e da inclusão de métricas correlatas nos scorecards de remunerações variáveis de executivos.

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