Em Fórum do IBP, Clarissa destaca o novo momentum de metas net-zero
No dia 27 de maio, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) promoveu o Fórum de Descarbonização. O evento contou com diferentes painéis, onde foram abordados os mais diversos temas proeminentes para a descarbonização da indústria de O&G. O painel – “Governança ESG nas metas empresariais para net zero emissions” foi moderado por Viviane Coelho, Gerente Executiva de Mudança do Clima da Petrobras, e contou com a participação de Clarissa Lins, sócia-fundadora da Catavento, Henrique Paiva, Diretor de Relações Governamentais da Siemnes Energy, Phillippe Blanchard, Country Manager da Total E&P Brasil, e Jorge Souto, Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.
Cada painelista teve a oportunidade de conduzir uma breve apresentação sobre o tema, destacando diferentes aspectos relacionados com a agenda ESG na indústria. Clarissa Lins, em sua apresentação, destacou mudanças climáticas como o principal tema ESG na indústria de O&G. O crescimento histórico das emissões de gases de efeito estufa (GEE) tem levado a um aumento da temperatura média global, implicando no agravamento dos riscos físicos (ex: inundações, furacões e tempestades). A energia, neste contexto, assume papel relevante pois é responsável por aproximadamente 74% das emissões globais por atividade – seguido por agricultura (13%) e indústria (8%).
Clarissa deu destaque ao recém-publicado cenário net-zero da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). Neste cenário, a participação de fontes fósseis na matriz energética global passaria de 80% em 2019 para 22% em 2050. A IEA indica, portanto, a necessidade de mudanças profundas na forma de consumir e gerar energia, com implicações diretas para a indústria de O&G. Neste contexto, as principais empresas do setor ajustam suas estratégias e anunciam novas metas de redução de emissões – novo momentum. Tais metas, de maneira geral, incorporam as emissões de escopo 1, 2 e 3, além de neutralidade em 2050.
Por fim, Clarissa indicou três reflexões que precisam ser consideradas pelos diferentes atores do setor: (i) haverá aceleração do ritmo da transição energética? (ii) a indústria de O&G conseguirá atrair talentos e se financiar aos mesmos custos se não der as respostas? e (iii) no Brasil, temos que acelerar o sentido de urgência para o desenvolvimento de nossas reserva?
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