In an event promoted by IBP, Catavento moderates debate with Academy, industry and civil society representatives
Em debate realizado em maio de 2016 pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – IBP, foram abordadas questões relevantes como: quais os compromissos do Brasil diante do novo acordo global de redução das emissões de gases de efeito estufa? Quais os impactos de tais compromissos nas atividades da indústria de óleo e gás?
Estiveram presentes no evento a Professora da COPPE/UFRJ Suzana Kahn, a especialista em clima Branca Americano, responsável pelo tema no Instituto Clima e Sociedade e o diretor executivo da Shell Flavio Rodrigues. Clarissa Lins, sócia fundadora da consultoria Catavento, mediou os debates.
A relevância do setor de energia na discussão sobre mudanças climáticas foi evidenciada pela Professora Suzana Kahn, ao pontuar que 67% das emissões de gases de efeito estufa são oriundas do uso da energia. Assim, falar em adaptação e mitigação às mudanças do clima passa necessariamente por repensar o perfil da matriz energética e o uso da energia, notadamente dos combustíveis fósseis.
Branca Americano pontuou que o único compromisso assumido pelo Brasil na Conferência de Clima em Paris (COP21) diz respeito à redução de emissões de gases de efeito estufa, em relação aos níveis de 2005, em 37% até 2025 e 43% até 2030. Para suportar tal compromisso, o governo brasileiro apontou suas intenções no setor de energia, quais sejam: aumentar a parcela de renováveis na matriz energética de 40% (2014) para 45% (2030), estimulando maior penetração de renováveis não hídricos – solar, eólica e bioenergia, aumento da parcela de biocombustíveis no mix energético brasileiro para 18% do total da matriz e promovendo ganhos em eficiência energética em 10%.
Flavio Rodrigues ilustrou de que forma uma empresa global como a Shell já leva em conta condicionantes climáticas para estebelecer seu foco estratégico, conciliando um robusto portfolio de gás natural – combustível fóssil relativamente menos emissor de CO2, investimentos em tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS) e eficiência energética. A Shell também faz uso de um preço interno de carbono há vários anos.
Nos debates, Clarissa Lins pontuou a importância do IBP abrir-se para promover o debate em torno de tema tão relevante para o futuro da indústria de óleo e gás. Por outro lado, reforçou a importância de aproximação de atores relevantes nesta discussão, tais como a academia, a sociedade civil e as próprias empresas.
Tal debate insere-se em uma perspectiva global de longo prazo apontada no estudo Tendências de Longo Prazo para o Setor de Energia, encomendado pelo IBP para a consultoria Catavento e apresentado no evento em comemoração ao 58º aniversário do Instituto, em novembro de 2015.
Para acessar as informações veiculadas pelo IBP sobre o evento, clique aqui.
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