CONHECIMENTO
Mercado de gás natural: como promover uma agenda competitiva?
CLARISSA LINS | BRUNA MASCOTTE
maio de 2019
Como promover uma agenda competitiva?
Como promover uma agenda competitiva?
Como promover uma agenda competitiva?
O mercado de gás natural passa por significativas mudanças, tanto globalmente quanto no Brasil. Entre os novos elementos externos desse contexto está a intensificação da oferta de gás no Estados Unidos e seus reflexos no comércio de gás, notadamente com maior oferta de GNL no mercado internacional. Com maior flexibilidade logística e densidade energética, esta configura-se como uma das opções prioritárias de consumo em diversas regiões do mundo[1]. Adicionalmente, a penetração de fontes renováveis e intermitentes modifica as projeções de demanda de gás natural no setor elétrico. Menos emissor que as demais fontes fósseis, o gás surge como um forte candidato para garantir segurança e estabilidade do grid.
Por sua vez, no Brasil, o grande potencial de reservas do pré-sal representa uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento do mercado de gás[2]. Estimativas da EPE apontam para um crescimento de 97% da produção bruta no horizonte até 2027[3], ainda que o aumento expressivo da oferta de gás brasileiro só se dê no médio prazo, a partir de 2023. Por tratar-se de um gás predominantemente associado, sua destinação ao mercado, cuja demanda seja firme e previsível, é chave para não limitar o crescimento da produção de óleo.
Nesse sentido, é importante que os agentes envolvidos busquem, desde já, caminhos viáveis para o desenvolvimento do mercado de gás natural brasileiro a partir de novas regras compatíveis com a entrada de novos players e a revisão do papel da Petrobras, conforme anunciado em seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023[4].
De modo a promover o debate sobre esse tema, o Núcleo de Energia do Centro Brasileiro de Relações Internacionais – CEBRI, organizou este evento em 31 de maio de 2019. A abertura foi feita por Décio Oddone, Diretor Geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis –ANP, moderado por Clarissa Lins, sócia fundadora da Catavento e senior fellow do CEBRI. Em seguida, Jorge Camargo, conselheiro do CEBRI e coordenador do Núcleo de Energia, moderou o segundo painel, que contou com a presença de Anelise Lara, Diretora Executiva de Refino e Gás Natural da Petrobras, Luiz Costamilan, Secretário Executivo de Gás Natural do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, e Luciana Rachid, presidente da Associação das Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto – ATGAS. Os painéis foram seguidos de rico debate com a plateia, formada por CEOs e executivos sêniores de empresas de energia e gás, associados e conselheiros do CEBRI.
Os principais insumos colhidos ao longo do evento estão resumidos no documento que pode ser baixado abaixo. A análise busca consolidar a opinião dos participantes do debate e respeita as regras Chatham House de não atribuição.
[1] Columbia Center on Global Energy Policy. A Changing Global Gas Order 3.0. 2019
[2] ANP. Análise do Setor de Gás Natural no Brasil: Medidas para Dinamização do Mercado. 2018
[3] EPE. Plano Decenal de Expansão de Energia. 2018
[4] Petrobras. Plano de Negócios e Gestão 2019-2023. Disponível em: http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/plano-estrategico/plano-de-negocios-e-gestao/
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