CONHECIMENTO

Segurança e transição energética: um resumo do que está em jogo

novembro de 2022

novembro de 2022

Produção de conhecimento

O conflito entre Rússia e Ucrânia em 2022 resultou em uma grave crise geopolítica e de energia, colocando a segurança energética no centro do debate. O contexto foi agravado pela relevância da Rússia como grande fornecedora de petróleo, produtos refinados e gás. Até 2021, o país era o maior exportador de gás natural com cerca de 250 bilhões de m3 /ano e representava 32% da oferta de gás natural da União Europeia (UE) [1].

Três aspectos foram considerados críticos pelos tomadores de decisão no desenvolvimento de ações de curto e médio prazo para enfrentar a atual crise energética. Estes estão relacionados à oferta, demanda e infraestrutura. Os governos estão reavaliando suas fontes de energia, considerando não apenas os aspectos comerciais, mas também os valores democráticos dos potenciais fornecedores. Ao mesmo tempo, os gargalos de infraestrutura reforçaram a relevância do planejamento energético de longo prazo.

Nesse contexto, a transição energética não ficou para trás. Especialistas em energia e tomadores de decisão enfatizaram que soluções duradouras para a crise atual estão na rápida implantação de energia renovável e tecnologias de baixa emissão. A ação política na forma de RePowerEU na União Europeia e a Lei de Redução da Inflação nos EUA visavam acelerar a implantação de renováveis, combater as mudanças climáticas e reduzir os custos de energia.

No entanto, cadeias de valor geograficamente concentradas de minerais críticos e variabilidade de geração de renováveis surgem como novos desafios associados à segurança energética em um contexto de transição. Os locais de processamento e refino dos minerais críticos mais relevantes (87% para terras raras [2]) e equipamentos de tecnologia de baixo carbono (70% para painéis solares [3]) estão concentrados principalmente na China. Mesmo que os desafios geopolíticos sejam abordados, as implicações da intermitência das energias renováveis para a segurança energética ainda precisam ser abordadas. Algumas soluções já existem e precisam ser dimensionadas, como baterias e sistemas híbridos.

Em seu mais recente artigo, a Catavento analisa as causas da crise energética de 2022, as ações tomadas para enfrentá-la e seus impactos – positivos e negativos – nos esforços de transição energética frente às mudanças climáticas.

Baixe o documento aqui (disponível apenas em inglês).

Referências:

[1] IEA. Frequently Asked Questions on Energy Security. 2022

[2] IEA. The Role of Critical Minerals in Clean Energy Transitions. 2021

[3] CSIS. The Geopolitics of Critical Minerals Supply Chains. 2021

 

Foto: Sem título via Unsplash.

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