Ao longo do mês de junho, Clarissa Lins participou de dois eventos sobre transição energética, abordando as possíveis implicações para a indústria de O&G e os desafios de descarbonização. Ambos os eventos contaram com participação de executivos do setor e foram conduzidos remotamente.
No dia 22 de junho, Clarissa integrou o painel – “The Energy of Tomorrow and the shift to a more sustainable world” em fórum sobre o futuro da energia realizado anualmente pela Siemens Energy. O painel contou com considerações iniciais do Ministro Bento Albuquerque, Ministro de Minas e Energia do Brasil, e do Ministro Diego Mesa, Ministro de Minas e Energia da Colômbia. A condução do painel foi realizada por Gabriela Frias, âncora da CNN Negócios, e contou com a participação de Cristian Bruch, Presidente e CEO Siemens Energy AG, Adriana Waltrick, CEO SPIC Brasil e membro do Conselho de Administração da GNA, Teresa Vernaglia, CEO BRK Ambiental, além de Clarissa Lins, sócia fundadora da Catavento.
Foram debatidos os desafios da transição energética na América Latina, com foco principal nos panoramas brasileiro e colombiano. Entre os diferentes aspectos abordados destacam-se os possíveis caminhos para limitar o aumento de temperatura global em até 1,5°C, a competitividade das renováveis frente às fontes fósseis e o desenvolvimento tecnológico necessário para suportar a transição.
Clarissa Lins debruçou-se sobre as mudanças estruturais sobre o perfil de investimentos no setor de energia, com maior participação de eletricidade e renováveis. Clarissa destacou que as mudanças foram aceleradas com a eclosão da pandemia, além disso indicou que projeções da Agência Internacional de Energia indicam recuperação do patamar de investimentos em níveis pré-crise. Segundo as mesmas projeções, investimentos em fontes renováveis para geração elétrica tendem a representar 70% do total estimado para a atividade em 2021, frente aos 30% das fontes fósseis.
Clarissa também analisou os investimentos no setor de O&G, que representam aproximadamente 38% (US$ 722 bi) dos investimentos totais projetados para 2021. Tal patamar é inferior ao de 2019, onde o setor respondeu por 45% (US$ 886 bi) dos investimentos totais. Por trás dessa queda de participação, Clarissa apontou para os crescentes compromissos net zero realizados por governos, empresas e instituições financeiras. Por exemplo, tais compromissos realizados por países já incorporam 70% das emissões e do PIB global.
Os compromissos de net zero, por sua vez, também foram tema do segundo debate realizado no mês de junho. Clarissa Lins integrou o painel –“Road map to Net Zero: a descarbonização da indústria de óleo” da série de debates Diálogos da Transição da epbr. O encontro contou também com a presença de André Araújo, CEO Shell Brasil, e Décio Oddone, CEO Enauta. O debate foi moderado e conduzido por Felipe Maciel, da Agência epbr.
Clarissa destacou mensagens do recém-publicado relatório da Agência Internacional de Energia – Net Zero by 2050. O relatório aponta para mudanças significativas na forma de gerar e consumir energia. Clarissa ressaltou a existência de riscos com eventuais mudanças entre os produtores de óleo e gás. Enquanto as principais majors do setor aumentam exposição às fontes renováveis, novos investimentos em atividades exploratórias acabam sendo realizados por empresas sem os mesmos padrões de emissões, segurança e saúde. Por fim, reforçou que as empresas de O&G precisam alinhar suas estratégias com as novas demandas da sociedade.
Décio Oddone, por sua vez, reforçou o papel de políticas públicas e do desenvolvimento tecnológico para garantir uma transição energética justa e inclusiva. Pontuou também que a transição precisa considerar a segurança energética e o acesso à energia. Por fim, André Araújo apresentou mudanças recentes na estratégia da Royal Dutch Shell em um contexto de transição. Ressaltou que a empresa também está considerando as particularidades dos países onde atua, como o caso de biocombustíveis no Brasil.
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